VISITE PEÇANHA

Peçanha é conhecida como a Terra dos Paneleiros, devido ao conhecimento ancestral do ofício tradicional com o barro que é manuseado com habilidade e transformado em belíssima arte. A dica é iniciar uma caminhada por volta das 05h 30min da manhã, para o nascer do sol. O ponto inicial é o Cristo no Cruzeiro do Alto da Chapada, local com uma vista ampla do horizonte, de uma beleza ímpar. Saindo do local, descendo a ladeira pela Rua Homero Marques, a 650m na direção oeste, encontra-se o Mirante do Morro do Paneleiro.

O local é outro ponto com vista privilegiada do conjunto de serras do Vale do Rio Doce. Estes dois pontos fazem parte dos caminhos de batalhas, locais por onde os indígenas e quilombolas utilizavam para identificar a aproximação de colonizadores e elaborar estratégias de resistência contra a invasão de seus territórios. Para os turistas que realizarem este percurso no início do dia,  recomendamos ainda concluir sua trajetória em uma refrescante e relaxante caminhada no Parque Municipal Mãe D’água. Saindo do Mirante do Morro do Paneleiro, a 600m sentido oeste, descendo a Rua João Nascimento Pires, encontra-se a entrada do Parque pela Rua do Rosário. O Parque é aberto para visitação todos os dias das 06h às 18h. A área é de Mata Atlântica e um bem paisagístico tombado pelo patrimônio cultural, com chafarizes de águas que nascem no local, campo de futebol e um ambiente agradável para descanso, caminhada ou um piquenique. Esta rota possui um tempo médio de duração de 03 horas, e saindo do Parque pela entrada principal, o turista estará a 500m do centro da cidade. 

O passeio continua pelas belezas arquitetônicas de uma cidade histórica.  A opção é iniciar o tour urbano no Museu Histórico de Peçanha (MUHP), localizado bem no centro da cidade na Avenida dos Bragas, aberto de segunda a sexta das 7h às 15h 30min. No MUHP é possível fazer uma visita mediada conhecendo a trajetória de formação do município e sua identidade sociocultural. Na mesma localidade o (a) turista pode aproveitar para conhecer a Biblioteca Pública Municipal, a Casa da Cultura e ainda adquirir presentes e lembranças na Loja dos Artesãos. Deste local, orientamos dirigir-se para a Praça Simão Carlos Pereira, mais conhecida como Pracinha do Fórum, localizada a 140m do Museu. O local possui um belo paisagismo com imponentes palmeiras, um chafariz e parque sendo rodeado de alguns casarões antigos, destacando o Antigo Fórum, prédio belíssimo de arquitetura neoclássica. E seguindo pela Rua Prof. Adelardo da Cunha, a 300m estará a Praça do Rosário, que além de bela é de grande importância histórica por ter sediado a antiga Capela do Rosário, local onde a antiga população escravizada era conduzida a frequentar na época da colonização. Seguindo 350m pela Rua Coronel Marcelino, conhecida como Rua do Quenta Sol, será possível contemplar diversas casas de arquitetura colonial, até chegar a Praça Getúlio Vargas. A praça possui um conjunto arquitetônico de diversas construções coloniais: o casarão colonial que hospedou Saint-Hilaire em 1817, o prédio do Ginásio Municipal com sua linda mata ao fundo, a exuberante Igreja Matriz Santo Antônio. Seu passeio terá duração média de 03 horas e se encerra na pracinha da Igreja, que dispõe de espaço para descanso, além de parquinho, bares e restaurantes.

Mas se você quer permanecer na cidade por mais um dia, outras opções são as rotas rurais nas comunidades quilombolas. Este circuito é recomendado para turistas com interesse no modo de vida tradicional de comunidades quilombolas, a quem deseja por os pés no chão e vivenciar o melhor da roça mineira. O Quilombo Jorges de Água Branca localiza-se na zona rural da Água Branca, que fica a 15km do centro da cidade, saindo no sentido do campo de aviação passando pelas comunidades rurais dos Cotas e Fernandes. O Quilombo dos Jorges dispõe de um boteco típico da roça que vende bebidas e comidas como traíra desossada, visita mediada no território passando pela igreja, horta comunitária, sede da associação e a agroindústria familiar que produz diversas quitandas de excelente qualidade. Possui também o grupo de canto e dança Catira Ditiana. Saindo do Quilombo dos Jorges, faz-se o retorno pelos Cotas de onde segue por outra estrada no sentido MG-314, na ponte do estradão, pouco antes da chegada a comunidade rural dos Pedrosos, sai da MG-314 e entra para a estrada sentido comunidade rural dos Vieiras, totalizando neste percurso 15km desde a saída do Quilombo dos Jorges, chegará no Quilombo Purificação, famoso pelo seu congado conhecido como Marujada. O Quilombo Purificação possui dois pontos de encontro comunitário que são o Boteco do Toca Amaro, que dispõe de bebida, culinária local como cuscuz na panela de barro, porções, entre outras, e uma receptividade hospitaleira. O outro ponto de encontro comunitário é o Boteco do Arnaldo Muciço, que oferece bebidas, sinuca e culinária local como a galinha com arroz, além de muita contação de causos com o anfitrião sobre as histórias do quilombo e seu povo. Os quilombos podem ser acessados de forma independente, sendo que as visitas devem ser agendadas com antecedência. O agendamento no Quilombo Purificação pode ser feito através do (33) 99986-3314 com Dona Vaninha e no Quilombo dos Jorges pelo (33) 99955-7458 com Dona Dirce.

Mais informações: (33) 3411-2580